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montesclaros.com - Ano 26 - sexta-feira, 11 de julho de 2025

Produtores rurais de Bocaiúva tiveram prejuízo de quase 1 milhão de reais na venda de gado pago com cheques sem fundo

Quinta 10/07/25 - 11h52

11h51m, quinta-feira, do jornal O Tempo, de BH:

Operação da Polícia Civil desarticula associação criminosa suspeita de aplicar golpes milionários em produtores rurais no Norte de Minas

O grupo teria causado prejuízos que ultrapassam R$ 2,9 milhões em cidades do Norte e Centro de Minas.

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta quinta-feira (10), na sede da 11ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), em Montes Claros, os resultados de uma operação que desarticulou uma associação criminosa suspeita de aplicar golpes em produtores rurais da região de Bocaiuva. O grupo teria causado prejuízos que ultrapassam R$ 2,9 milhões em cidades do Norte e Centro de Minas.

Três homens, todos moradores de Brasília de Minas, são apontados como os principais envolvidos no esquema: um idoso de 81 anos, que chegou a disputar as últimas eleições para vereador; seu filho, de 54 anos; e um terceiro investigado, de 59 anos, que usava uma empresa de autopeças registrada em nome de um laranja para movimentar valores de forma ilícita. A empresa servia como fachada para a lavagem do dinheiro obtido nos golpes.

Segundo a Polícia Civil, o grupo se mudou para Bocaiuva após pagar apenas o sinal em uma fazenda na cidade. Instalados na região, os suspeitos passaram a se aproximar de produtores locais e conseguiram conquistar a confiança de um pecuarista influente, que acabou servindo como intermediário para atrair novas vítimas.

A estratégia da quadrilha consistia na compra de gado com cheques sem fundo. Em Bocaiuva, ao menos 15 produtores foram lesados. Foram emitidos mais de 20 cheques fraudulentos, com valores que variavam entre R$ 5 mil e R$ 154 mil, somando um prejuízo de R$ 953 mil.

Após a negociação, os animais eram levados para uma fazenda em São Francisco, chamada Fazenda Ouro. De lá, o gado era encaminhado para leilões em cidades como Uberlândia e São Paulo, dificultando o rastreamento e facilitando a lavagem do dinheiro. Parte dos animais também foi vendida em outras regiões do país.

De acordo com o delegado Dr. Telles Bustorff, da Delegacia de Polícia Civil de Bocaiuva, a atuação do grupo foi cuidadosamente planejada.

“Eles se instalaram estrategicamente em Bocaiuva, aproximaram-se de um produtor conhecido, o usaram como referência e, a partir daí, conseguiram atrair outras vítimas. Foi um golpe bem estruturado”, afirmou.

O delegado regional Dr. César Salgueiro destacou que o prejuízo ultrapassa os limites de Bocaiuva e atinge também outros municípios mineiros.

“As investigações também apontaram que o grupo agiu em Buritizeiro e Diamantina, causando prejuízo estimado em R$ 2 milhões. Ao todo, 930 cabeças de gado foram negociadas fraudulentamente, mas apenas 57 foram localizadas até o momento”, disse.

A operação foi deflagrada na última terça-feira (8), com o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Durante as diligências, foram localizados talões de cheques, anotações contábeis, registros de movimentações financeiras, além de indícios de que veículos de luxo e maquinários de alto valor foram adquiridos com o dinheiro dos golpes, porém estes bens foram escondidos antes da chegada dos policiais e segue sendo procurados.

Os três investigados foram ouvidos e liberados. Eles irão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações seguem em andamento, com o objetivo de localizar o restante dos bens desviados e identificar outras possíveis vítimas.

A Polícia Civil orienta que produtores que tenham sido alvo de golpes semelhantes procurem a delegacia mais próxima para contribuir com as investigações.

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18h25m, quinta-feira, da Polícia Civil:

PCMG apreende 57 cabeças de gado em operação de combate a estelionato rural

Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) teve como alvo de mandados de busca e apreensão imóveis ligados a suspeitos de integrar um esquema criminoso que aplicava golpes contra produtores rurais na região de Bocaiúva, no Norte do estado.

Durante a ação, realizada nessa quarta-feira (9/7), foram apreendidos 57 cabeças de gado, documentos contábeis, dois veículos de luxo e maquinários agrícolas. Houve, ainda, uma prisão em flagrante por posse ilegal de munição, arrecadada durante as buscas.

A Justiça também autorizou o sequestro de valores que somam R$ 953 mil diretamente relacionados com os crimes investigados.

Os resultados da ação foram apresentados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10/7).

Esquema criminoso

As investigações indicam que os crimes tiveram início no começo de 2023. Segundo apurado, os suspeitos — pai e filho, de 81 e 54 anos — negociavam com produtores rurais utilizando o nome de uma pessoa influente na região para conquistar a confiança das vítimas.

Os pagamentos eram realizados por meio de cheques sem fundos, com valores que variavam entre R$ 5 mil e R$ 154 mil. O prejuízo estimado apenas em Bocaiúva é de quase R$ 1 milhão.

De acordo com o delegado Thelles Bustorff, responsável pela investigação, o gado adquirido por meio dos golpes era levado para uma fazenda no município de São Francisco, no Norte de Minas, sendo posteriormente vendido em leilões nas cidades de Uberlândia (MG) e São Paulo (SP). Os lucros eram lavados por meio de uma empresa de autopeças em Brasília de Minas, também no Norte mineiro, administrada por um terceiro suspeito, de 59 anos.

“A investigação segue em andamento e não descartamos a existência de novas vítimas. Até o momento, 15 produtores procuraram a Polícia Civil após perceberem que os cheques foram devolvidos. Todos os cheques foram apreendidos e fazem parte das provas reunidas”, afirmou o delegado.

Atuação em outras cidades

As apurações revelaram que os suspeitos também teriam aplicado golpes semelhantes em Buritizeiro (Norte de Minas) e Diamantina (Vale do Jequitinhonha), com prejuízos que somam cerca de R$ 2 milhões nas duas localidades.

As investigações continuam com a análise dos materiais apreendidos, perícia documental e identificação de possíveis novas vítimas.


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21h41m, quinta-feira, do jornal Estado de Minas, de BH:

MG: PC apreende cabeças de gado de golpistas que deram prejuízo milionário

Pai e filho são investigados por negociação fraudulenta com produtores rurais de Bocaiúva, no Norte do estado. Vítimas tiveram cerca de R$ 3 milhões de prejuízo

A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (10/7) que cumpriu ontem (9) mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a suspeitos de integrar um esquema criminoso que aplicava golpes contra produtores rurais na região de Bocaiúva, no Norte do estado. Vítimas tiveram cerca de R$ 3 milhões de prejuízo.

As investigações indicam que os crimes tiveram início no começo de 2023. Segundo apurado, os suspeitos — pai e filho, de 81 e 54 anos — negociavam com produtores rurais utilizando o nome de uma pessoa influente na região para conquistar a confiança das vítimas.

Os pagamentos eram realizados por meio de cheques sem fundos, com valores que variavam entre R$ 5 mil e R$ 154 mil. O prejuízo estimado apenas em Bocaiúva é de quase R$ 1 milhão.

Durante a ação, realizada nessa quarta-feira (9/7), foram apreendidos 57 cabeças de gado, documentos contábeis, dois veículos de luxo e maquinários agrícolas.

O delegado Thelles Bustorff, responsável pela investigação, explicou que o gado adquirido por meio dos golpes era levado para uma fazenda no município de São Francisco, no Norte de Minas, sendo posteriormente vendido em leilões nas cidades de Uberlândia (MG) e São Paulo (SP).

Os lucros eram lavados por meio de uma empresa de autopeças em Brasília de Minas, também no Norte mineiro, administrada por um terceiro suspeito, de 59 anos.

“A investigação segue em andamento e não descartamos a existência de novas vítimas. Até o momento, 15 produtores procuraram a Polícia Civil após perceberem que os cheques foram devolvidos. Todos os cheques foram apreendidos e fazem parte das provas reunidas”, afirmou o delegado.

Golpes em outras cidades
As apurações revelaram que os suspeitos também teriam aplicado golpes semelhantes em Buritizeiro (Norte de Minas) e Diamantina (Vale do Jequitinhonha), com prejuízos que somam cerca de R$ 2 milhões nas duas localidades. As investigações prosseguem.

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