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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 29 de março de 2024

Polícia Federal acaba de prender (em casa, em Brasília) o ex-deputado Rocha Loures, o assessor da mala que perdeu a imunidade parlamentar. Uso de algemas foi desaconselhado

Sábado 03/06/17 - 8h01

Foi preso, agora há pouco (por volta das 6h), o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, também ex-assessor especial do presidente Temer. O mandado de prisão foi assinado na noite de sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, a pedido da Procuradoria Geral da República.
PREVENTIVAMENTE
Rocha Loures, do PMDB do Paraná, foi preso preventivamente pela Polícia Federal em sua casa, em Brasília, e levado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
GRAVADO
Em março, o ex-deputado foi gravado pela Polícia Federal recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500 mil que, segundo delações de executivos da JBS, seriam dinheiro de propina.
CALADO
Em manifestação ao STF, ontem,o advogado de Loures sugeriu que o pedido de prisão tinha como objetivo "forçar delação" do seu cliente. Hoje, Brasília trabalha com a informação do advogado de que o ex-assessor "ficará em silêncio.
NÃO TEME
Em entrevista à revista Istoé que circulou ontem, o presidente Michel Temer revelou que não teme eventual delação de Loures.
Disse Temer: “Acho que ele é uma pessoa decente. Eu duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso”.
MENINO
E completou: “Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): ‘Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo”.
PAPUDA
Loures deve ficar na Superintendência da PF em Brasília até segunda-feira, quando então deverá ser transferido p/ a penitenciária da Papuda.
SEM ALGEMAS
Na ordem de prisão, o ministro Fachin fez recomendações:
“O cumprimento do mandado deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade”, determinou. “Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento da medida tomar as cautelas apropriadas para preservar a imagem do preso, evitando qualquer exposição pública.”
Por último: “Não se tratando a pessoa em desfavor de quem se impõe a presente medida de indivíduo perigoso, no sentido físico, deve ser evitado o uso de algemas.”

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