Gripe aviária: Risco de infecção humana é baixo, geralmente associado ao consumo direto com aves infectadas. Argentina, Reino Unido, Japão, Emirados e Arábia tomaram medidas regionais
Sábado 17/05/25 - 7h01A confirmação do primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em granja comercial no Brasil, localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul, levou a uma série de medidas preventivas e restrições comerciais internacionais.
O foco da doença resultou na morte de aproximadamente 17 mil aves matrizes destinadas à produção de ovos férteis.
Como resposta imediata, o Ministério da Agricultura e Pecuária suspendeu temporariamente as exportações de carne de frango provenientes do Rio Grande do Sul, terceiro maior exportador do país.
A China, principal importadora da carne de frango brasileira, anunciou a suspensão das compras por um período de 60 dias, conforme previsto em cláusulas contratuais que preveem embargos automáticos em casos de detecção da doença.
A União Europeia adotou medida semelhante, interrompendo as importações do produto brasileiro pelo mesmo período.
Outros países, como Argentina, Reino Unido, Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, optaram por restrições regionais, limitando a suspensão das importações às áreas afetadas, em conformidade com protocolos de regionalização acordados com o Brasil.
As autoridades brasileiras dizem que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos devidamente cozidos e armazenados, e que o risco de infecção humana é baixo, geralmente associado ao contato direto com aves infectadas.
O governo brasileiro está implementando medidas de controle e contenção, incluindo o abate sanitário das aves afetadas, rastreamento de contatos e eliminação de ovos, além da decretação de estado de emergência zoossanitária por 60 dias.
O objetivo é conter a disseminação do vírus e retomar as exportações o mais breve possível, minimizando os impactos econômicos para o setor avícola nacional.