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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 23 de abril de 2024
 

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Mensagem: Os sermões de Vieira Manoel Hygino Extenso artigo do desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima foi publicado e deve estar chegando aos assinantes da revista “MagisCultura”, da Associação dos Magistrados Mineiros”, edição correspondente a setembro de 2021. O título: “Padre Vieira, imperador da língua portuguesa”. É algo que merece atenção muito especial pelo tema, pelo nome de Vieira e pelo vasto conhecimento que do tema tem o magistrado. A despeito do prestígio do imenso orador sacro, é bom assinalar, como o faz Medeiros, que, em 2020, a estátua de Vieira foi vandalizada em Lisboa. O magistrado de São João del-Rei observa, com propriedade: “Vivemos tempos estranhos, no Brasil e no mundo. O ódio se espraia – nos lares, escolas, universidades, trabalho, mídia e redes sociais. As pessoas verbalizam e agem sem racionalidade. Daí a importância de melhor conhecer o notável jesuíta, no contexto da época em que viveu”. E comparando-a à em que estamos, acrescento. Vieira nasceu em Lisboa em 1608, e viveu 89 anos, período em que se destacou nos dois continentes, após ingressar na Companhia de Jesus em 1623, “uma das forças mais ativas da conquista e colonização do Brasil. Era uma época de intolerância religiosa e etnocentrismo”. Os sacerdotes lutavam contra a escravização dos indígenas, mas o plano jesuíta de catequização “não apenas resultou em tragédia, em razão dos graves surtos de doenças infecciosas, como facilitou a ação dos escravagistas”. Não é possível aprofundar no tema, aconselhando-se ir direto ao artigo em exame. Nele, Vieira é estudado como político, professor, missionário, orador e ideologista, sempre se portando com grande independência e coragem. Segundo Mário Gonçalves Viana, ele “substituiria a palavra que é crepitação inútil de lantejoulas do engenho pela palavra que é fogo de alma irradiante”. E sofreu pressões e perseguições em decorrência. Como registrou meu amigo Ivan Lins, da ABL, ele, repetida e temerariamente, investiu contra os abusos dos grandes, do tempo, como se vê, entre muitos outros, no “Sermão do bom ladrão, pregado em 1655, perante D. João IV e sua corte”. “Estavam presentes os maiores dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros da coroa, mas todo o tempo falou em ladrões e ladroagens, valendo-se do púlpito com único respiradouro da opinião pública, na falta da imprensa e da tribuna política”. Inspirando-se em São Tomás de Aquino defende a tese de os príncipes serem obrigados a restituir o que tiram de seus súditos sem ser para a conservação do bem comum.

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