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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: Já que todos estão falando do cachorro de estimação, abaixo a minha crônica sobre MADONA a cadela de estimação da minha neta! O fato ocorreu em 2006. MADONA Só agora posso lhes contar sobre os meus temores, sobre a minha alma ferida, pela perda do cão da minha neta, a cadela Madona em 08/01/2006. Foram onze anos de convívio com todos aqui em casa. A sua ida para o mundo superior nos trouxe uma dor irreparável! E aí é que bate o ponto! Fui escolhido para levar a cadela para o final. Aí aconteceu, não queira, mas aconteceu:. Como nossos olhares se cruzaram numa despedida derradeira estava relatando, não devia, mas aconteceu. Pelo seu olhar, ela me disse que sabia de tudo, da tentativa de lhe poupar de dores atrozes na sua condição terminal, da eutanásia (esta palavra, agora, me magoa). Nossos olhares se cruzaram e as nossas almas se tocaram, numa apreciação final. Medimos um ao outro, num enlace. Foi tudo muito rápido! Aquilo me marcou profundamente! Imaginei que, aos 58 anos, já tivesse estrutura para tanto, respaldado no meu suposto conhecimento esotérico, filosófico, e de convivências fraternais adquiridas prematuramente, desde os meus nove anos de idade, em escolas iniciáticas. São 49 anos de iniciações, de aprendizado, de provas, de aplicações de leis em ações. Foram centenas de noites usadas, sem dormir, me submetendo aos testes insólitos, viagens de milhares de quilômetros para atravessar portais físicos e metafísicos, sociedades secretas, nos arredores do Recife, nos Lençóis Maranhenses, nas praias desertas do Ceará, nas caatingas de Pernambuco, no Himalaia. Pensei que havia aprendido a compreender a dor de uma perda. Erro crasso! Usando as palavras do profeta Davi: A minha alma voltou-se para o chão! Caiu o meu aprendizado como mestre e prevaleceu a minha plástica e emocional alma písciana, feita, conforme dizeres do psicanalista e astrólogo Shullman: para reunir todas as dores do mundo. Só agora, sem ninguém a me observar, covardemente embaço as lentes dos óculos. Não consigo mais definir os caracteres na tela do computador. As lágrimas me dominaram! A minha alma está no chão! Cedeu-se ao ingente peso do lastro emocional. Um amor de uma cadela. Finalmente compreendi que os animais têm alma, são seres em evolução. Ou estão encarnado, em missão de renúncia, para ajudar a lapidar a nossa brutalidade instintiva, o nosso atavismo, o nosso alter ego cambaleante. Confesso que Madona, em vida, conseguiu angariar a dedicação, o carinho e a dedicação de todos em casa. Veja bem como são as missões de cada ser vivente encarnado. Como diz um trecho de uma canção portenha: Cada qual com o seu cada qual. Foram necessários 58 anos de vida difícil, de privações, de provas, de missões, para que então eu chegasse ao olhar último de Madona, com o que caiu por terra o meu utópico conhecimento adquirido. Fiquei planificado! Uma cadela de estimação e um olhar final! Tudo bem dentro da minha alma plástica. Agora, no chão, sei (e que ótima sensação estou tendo) que sou apenas mais uma alma em descompasso... Em desalinho, um errante andejo neste mundo grande e bobo de expiações... De aprendizado, de sonhos! Tudo, tudo mesmo no conhecimento (só agora sei) se resume ao que vai pelo coração... Pelas vias emocionais. Bem razão tem os poetas quando choram! Somos almas-instrumentos. Eles, os cães, o nosso melhor amigos, também o são. Não existe o acaso. Todos os encontros são transcendentais! Agora, e por intermédio da cadela Madona, posso dizer: sou um ser emocional, sou uma peteca com coração, muito embora o mesmo já apresente distúrbios de F.A. Não sei se, dado ao fato de ser eu portador de uma patologia crônica, tenha ficado sensível e fino ou se tudo foi uma grande iniciação no universo do meu interior! O tempo me dirá. Dia seguinte à morte de madona e a escrever essa crônica e, em viagem de carro à Brasília-DF, onde mensalmente faço um retiro espiritual, um caminhão desgovernado na pista, me levou a uma manobra evasiva de urgência. Engavetei o veículo na lateral de uma carreta, fugindo do impacto frontal com o caminhão a 180 quilômetros por hora. O carro entrou no efeito sanfona e o motor rachando absorveu o impacto. Rodopiamos engavetados na pista e paramos Saí sem um arranhão. A morte de Madona foi o mata borrão que sujou o Karma daquela minha Nona Hora. Os animais são seres em missão de renúncia!

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