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Mensagem: (...) Conhecido cronista social, respeitado,diga-se, apresenta-se como defensor do barulhaço..... para os outros. Pena que não requisite para as proximidades de sua casa, em área nobre, um dos barulhos que recomenda para os demais mortais. (...) Proponho até cessar o nosso clamor por sossego e por saúde se ele vier a dar exemplo, e convidar uma banda permanente para instalar na sua vizinhança, para suportar - aí, sim - o que suportamos, noite após noite, e que ele não conhece, mas defende. (...) Pelo que sei não há uma área de barulho costumeiro perto da sua casa, que o impeça de dormir, de trabalhar, de estudar, de atender o telefone, de ver TV e outras coisas corriqueiras, asseguradas pelas normas civilizadas de qualquer lugar do mundo e consagradas, há 60 anos, pela Declaração Universal dos Direitos do Homem. (...) Não lhe desejamos tamanho castigo, nem de longe, de ter o barulho como vizinho permanente, abusivo, arrogante. Apenas peço que considere a possibilidade (...) Não devemos, pois, aplaudir aquilo que não queremos suportar, e recomendar... para os outros. Peço que este ilustre senhor avalie o sofrimento dos demais, que clamam pela defesa da vida, e se permita, quem sabe, aliar-se aos que sofrem injustamente, e que talvez tenham necessidades que ele não tem. Desejo-lhe o bem do mundo - somos irmãos.

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