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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 29 de março de 2024

Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas são as regiões mais atrasadas na primeira dose da vacina. Zona da Mata lidera

Sexta 24/09/21 - 8h52

O jornal Estado de Minas, de BH, publicou:



Mensagem: Qual região de Minas é a campeã (e a lanterna) na vacinação de 1ª dose
Em um extremo, mais de 90% da população adulta com a primeira aplicação contra COVID-19; do outro, menos de 77%

Felipe Pereira

O Vale do Jequitinhonha foi a região de Minas Gerais que menos aplicou a primeira dose da vacina contra COVID-19. Na outra ponta, Zona da Mata é a líder nesse parâmetro e já possui mais de 90% da população adulta com a aplicação inicial.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela reportagem a partir do Vacinômetro do governo estadual. Os números foram consultados até a última segunda-feira (20/9).

Na lanterna, Jequitinhonha tem cobertura vacinal média de 76,93% na primeira dose. Ainda que seja próximo aos 80% mínimos defendidos pelo Ministério da Saúde, o número representa "um longo passo a dar" na campanha, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.

Na outra ponta da tabela, a Zona da Mata lidera o ranking do Estado, com 91,41% da população vacinada com a primeira dose. Outras três regiões estão também muito próximas, com 90% de imunização.
Veja os dados por região
Zona da Mata - 91,41%
Centro-Oeste - 90,98%
Sul - 90,59%
Central - 90,17%
Triângulo e Alto Paranaíba - 89,03%
Noroeste - 88,04%
Vale do Rio Doce - 83,61%
Norte - 77,04%
Vale do Jequitinhonha e Mucuri - 76,93%
O que isso significa?
Segundo o infectologista José dos Reis Canela, ex-reitor da Universidade Estadual de Montes Claros, o dado no Vale do Jequitinhonha é surpreendente em um ponto de vista. "Se levarmos em conta em que há uma grande publicação em veículos de comunicação, prefeituras, poderes públicos, até estabelecimentos privados incentivando a vacinação, o número mais baixo é preocupante", afirma.

O fato da região ser uma das menos desenvolvidas economicamente do Estado não deve ser descartado, de acordo com Canela. "É importante sempre lembrarmos que existe também as questões relacionadas aos “tabus” regionais, a falta de uma orientação mais consistente e mesmo a dificuldade de locomoção que ainda é uma realidade", acrescenta.

Na opinião do médico, as prefeituras devem pensar em formas mais efetivas para conseguir imunizar a população. Uma delas, por exemplo, seria a busca ativa, que é quando o órgão sanitário vai até a casa de um paciente para aplicar algum tratamento.

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